terça-feira, 28 de abril de 2015

RECONSTRUÇÃO CORONÁRIA COM PINOS DE FIBRA DE VIDRO





Dentes com pouco remanescente coronal podem ser reabilitados através do uso de pinos intrarradiculares e restaurações indiretas, desde que sejam observados alguns fatores. O comprimento da raiz, a anatomia radicular, o aspecto da dentina remanescente (altura, espessura e qualidade do tecido), as forças oclusais que incidem no sistema, a necessidade estética, entre outros, são aspectos a serem considerados antes de uma reabilitação nesta modalidade.

Quando corretamente indicados e planejados, pinos diretos consistem em uma opção de excelente custo benefício e relativa facilidade de execução (se comparados aos pinos metálicos fundidos). Adicionalmente, novos materiais dentários surgem para simplificar e agilizar ainda mais o trabalho do profissional, como é o caso dos cimentos resinosos multitarefas que possuem resistência mecânica suficiente para, além de cimentar o pino, criar o munhão

Relato do Caso

Paciente apresentando dentes 11 e 21 necessitando de reabilitação protética extensa. Os remanescentes coronários apresentaram área de férula e espelhamento adequadas para uma reabilitação com pinos intrarradiculares diretos. A elevada necessidade estética do caso levou ao planejamento com núcleos estéticos e coroas totais cerâmicas. O trabalho todo foi realizado com apenas um cimento resinoso dual, o Allcem Core (FGM), indicado para o trabalho de cimentação do
pino, confecção do núcleo e cimentação da coroa.


Figs. 1 a 4 – Aspecto inicial dos dentes, quantidade do remanescente dental e preparo dos condutos com broca White Post DC2 (FGM), criando espaço cônico para adaptação dos pinos


Figs. 5 a 6 – Condicionamento ácido (Condac 37, FGM) por 15 segundos e aplicação de adesivo (Ambar, FGM).


Figs. 7 a 10 – Através da ponteira especial para aplicação intracanal, o cimento Allcem Core (FGM) é inserido dentro do conduto. O pino de fibra (White Post DC2, FGM) é então posicionado e o cimento que extravasa pode ser aproveitado para construção do munhão, bem como novas camadas de cimento que são acrescentadas ao redor do pino. A fotopolimerização do sistema assegura uma pré-forma do munhão.


Figs. 11 a 12 – Munhões em sua forma primária e após usinados.


Figs. 13 a 14 – Coroas cerâmicas cimentadas nos dentes através do mesmo cimento resinoso dual, revelando a praticidade do material.


Autores / Sobre o autor:
Prof. MSc Sanzio Marques
Especialista em Prótese Dental e Implantes, Mestre em Dentística Restauradora, Autor do livro “Estética com resinas compostas em dentes anteriores: percepção, arte e naturalidade”, Coordenador do Curso de Excelência em Odontologia Estética do IEO-Belo Horizonte, Coordenador do Curso Dominando a Arte com Resinas Compostas do IEO-Belo Horizonte, Coordenador do Curso de Imersão em Laminados Cerâmicos do IEO-Belo Horizonte, Coordenador do Curso de Excelência em Reabilitação Oral do Instituto Implante-Perio – São Paulo.
TPD Roberto Devólio
Técnico em Prótese Dental (Curitiba-PR).

Nenhum comentário:

Postar um comentário